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Taxa de custódia do Tesouro Direto: quanto é e quando paga

Taxa de Custódia Tesouro Direto

Muita gente que investe no Tesouro Direto já ouviu falar na famosa taxa de custódia, mas nem todo mundo entende direito como ela funciona, quando é cobrada e como afeta os rendimentos. A taxa de custódia Tesouro Direto é um custo que pode parecer pequeno, mas faz diferença no resultado final do investimento. Neste artigo, vamos explicar de forma simples quanto é essa taxa, quando ela é cobrada e as regras especiais para diferentes tipos de títulos, como o Tesouro Selic, Educa+ e Renda+, para você investir com mais tranquilidade.

Principais Pontos sobre a Taxa de Custódia Tesouro Direto

  • A taxa custódia tesouro direto é de 0,2% ao ano, cobrada pela B3, e serve para manter os títulos sob custódia e garantir a operação do sistema.

  • A cobrança acontece nos resgates, vencimentos dos títulos ou no pagamento de juros, e não mais de forma semestral como era antes.

  • No Tesouro Selic, há isenção da taxa para valores até R$ 10.000 por CPF; para Educa+ e Renda+, existem regras de isenção e cobrança diferenciadas conforme o valor e o tipo de resgate.

Como Funciona a Taxa de Custódia Tesouro Direto

Cédulas de real, calculadora e relógio sobre mesa de madeira.
Taxa de Custódia Tesouro Direto

A taxa de custódia é uma cobrança feita pela B3 para administrar e guardar os títulos públicos adquiridos no Tesouro Direto. Ela existe para cobrir custos da estrutura e dos processos necessários para garantir que o investidor tenha seu patrimônio protegido ao longo do tempo.

Ou seja, mesmo que você só veja os números na tela, existe todo um sistema que precisa funcionar para que seus títulos estejam seguros e disponíveis sempre que você quiser movimentá-los.

  • É cobrada pela B3 — bolsa de valores do Brasil.

  • Incide sobre o saldo investido em títulos públicos federais.

  • Custodia títulos como Tesouro Selic, Tesouro Prefixado e Tesouro IPCA+.

Mesmo sendo um valor baixo, a taxa de custódia não deve ser ignorada pois afeta o rendimento líquido dos investimentos de renda fixa.

Redução e Atualização do Percentual da Taxa

Atualmente, a taxa de custódia está fixada em 0,20% ao ano sobre o valor investido. Antes de 2022, esse percentual era maior, mas houve uma redução para aumentar o interesse das pessoas pelo Tesouro Direto e melhorar o retorno de quem já investe.

Veja no quadro abaixo a evolução da taxa:

Período

Percentual da Taxa de Custódia

Até dezembro de 2021

0,25% a.a.

A partir de janeiro/22

0,20% a.a.

A cobrança é feita de forma proporcional ao tempo de aplicação (pro rata). A taxa incide apenas nos momentos de resgate, vencimento ou recebimento de juros nos títulos que pagam cupons.

O Tesouro e a B3 decidiram manter a taxa mais baixa para facilitar a entrada de novos investidores. Essas mudanças foram feitas para tornar o Tesouro Direto cada vez mais acessível. Mesmo com a aparente simplicidade, entender quando e como essa cobrança acontece faz toda diferença no seu controle financeiro.

Quando a Taxa de Custódia Tesouro Direto é Cobrada?

Taxa de Custódia Tesouro Direto
Taxa de Custódia Tesouro Direto

A cobrança da taxa de custódia do Tesouro Direto acontece de maneira particular para cada situação e tipo de título. É importante entender quando e como essa cobrança ocorre para evitar surpresas ao investir.

Cobrança em Resgates, Vencimentos e Pagamento de Juros

A taxa de custódia, atualmente em 0,20% ao ano, é calculada de forma proporcional (pro rata) ao tempo em que os títulos ficaram sob custódia, começando desde o dia útil seguinte à compra. Hoje, ela é descontada diretamente do saldo em três momentos principais:

  • No resgate antecipado do título: se você vender antes do vencimento, a taxa acumulada até o dia da venda é descontada do valor resgatado.

  • No vencimento: ao manter seu investimento até a data final, a taxa referente ao período todo é descontada do valor que você recebe.

  • No pagamento de juros (para títulos com cupons semestrais): toda vez que recebe juros, deduz-se a taxa proporcional àquele período, direto nos juros pagos.

Organizar seus investimentos considerando esses momentos de cobrança pode ajudar a planejar melhor seus rendimentos e decidir o momento certo para vender ou manter o título.

Isenção Parcial no Tesouro Selic e Regras Especiais

No caso do Tesouro Selic, há uma regra diferenciada: existe isenção da taxa de custódia para valores de até R$ 10.000,00 por CPF, considerando o estoque total. Apenas o que exceder esse limite será tarifado com os mesmos 0,2% ao ano.

Pontos importantes sobre a isenção e regras diferenciadas:

  • A isenção só vale para o Tesouro Selic até o limite citado; outros títulos não seguem essa regra.

  • O desconto sobre o valor excedente acontece automaticamente, sem necessidade de solicitação.

  • Se você diversificar aplicações, por exemplo, entre Tesouro Prefixado e Tesouro IPCA+, cada um seguirá a regra geral de cobrança, sem isenções específicas.

Entender esses detalhes pode fazer diferença ao montar sua carteira. Ninguém gosta de perder parte do rendimento por falta de informação.

Taxas Diferenciadas para Tesouro Educa+ e Tesouro Renda+

Taxa de Custódia Tesouro Direto
Taxa de Custódia Tesouro Direto

Os títulos Tesouro Educa+ e Tesouro Renda+ possuem regras especiais para a cobrança da taxa de custódia, diferentes das demais modalidades do Tesouro Direto. Entender como essas taxas funcionam pode ajudar você a economizar ao investir.

Regras de Isenção e Limites de Recebimento Mensal

A cobrança da taxa de custódia nesses títulos está diretamente relacionada à forma de resgate e aos valores recebidos mensalmente. Veja abaixo um resumo das regras para cada título:

Situação

Tesouro Educa+

Tesouro Renda+

Manter até o vencimento

0,00% (isento)

0,00% (isento)

Recebimento mensal até o limite

0,00% (isento)

0,00% (isento)

Recebimento acima do limite

0,01% sobre o excedente

0,10% sobre o excedente

Limite de isenção

4 salários-mínimos

6 salários-mínimos

Mantenha seus recebimentos dentro dos limites de isenção para evitar cobranças de taxa de custódia desnecessárias.

Taxa de Custódia Tesouro Direto: Como a Cobrança Acontece em Cada Modalidade

A taxa de custódia nesses dois títulos não é cobrada periodicamente. Confira quando e como a cobrança ocorre:

  1. Não há cobrança durante o período de acumulação, se o título for mantido até o fim.

  2. Caso o investidor antecipe o resgate, a taxa será cobrada sobre o valor movimentado, respeitando sempre os limites de isenção.

  3. No momento do recebimento mensal, a taxa só incide se o valor superar o teto de isenção.

  4. Para quem permanece dentro dos limites mensais isentos, não há desconto.

Essas regras foram pensadas para incentivar o investidor a utilizar os títulos para seus objetivos principais, como educação ou aposentadoria, sem custos adicionais se respeitados os limites estipulados.

  • Analise sua necessidade de fluxo mensal antes de investir nesses títulos

  • Programe os resgates para respeitar o teto e evitar taxas

  • Considere o reajuste anual do salário-mínimo ao calcular o limite

Se você pensa em investir para longo prazo, manter o título até o vencimento pode representar economia total nas taxas de custódia, especialmente para quem não ultrapassa os limites mensais definidos.

Conclusão

A taxa de custódia do Tesouro Direto é um ponto importante para quem investe em títulos públicos. Ela representa um custo pequeno, mas que pode impactar o rendimento final, principalmente em aplicações de longo prazo ou valores mais altos.

Atualmente, a taxa padrão é de 0,2% ao ano, cobrada de forma proporcional ao tempo em que o dinheiro fica investido, e só incide em momentos específicos, como resgates, vencimentos ou recebimento de juros. Para o Tesouro Selic, existe isenção até R$ 10.000,00, o que favorece pequenos investidores. Já para títulos como Tesouro Educa+ e Renda+, há regras diferenciadas e limites de isenção.

Por isso, é sempre bom acompanhar as condições atualizadas e planejar seus investimentos considerando esses custos. Assim, você toma decisões mais conscientes e aproveita melhor as oportunidades do Tesouro Direto.

Perguntas Frequentes sobre Taxa de Custódia Tesouro Direto

O que é a taxa de custódia do Tesouro Direto?

A taxa de custódia é um valor cobrado pela B3, a bolsa de valores, para guardar e administrar seus títulos públicos comprados no Tesouro Direto. Ela serve para manter a segurança e o funcionamento do sistema onde ficam registrados os investimentos.

Quando preciso pagar a taxa de custódia?

A taxa de custódia é paga quando você resgata o dinheiro, recebe juros ou quando o título vence. Para o Tesouro Selic, não há cobrança da taxa para valores até R$ 10.000,00 por CPF. Acima desse valor, a taxa é cobrada apenas sobre o que passar desse limite.

Todos os títulos do Tesouro Direto têm a mesma taxa de custódia?

A maior parte dos títulos tem taxa de custódia de 0,2% ao ano. Porém, títulos como o Tesouro Educa+ e o Tesouro Renda+ possuem regras especiais: se você ficar com o título até o vencimento e receber valores até um certo limite, pode ficar isento da taxa. Se o valor recebido passar desse limite, paga uma taxa apenas sobre o excedente.

Waldemar Ramos