Ne cenário jurídico atual, o uso de diferentes tipos de inteligência artificial se tornou uma prática recorrente e necessária. Advogados e escritórios de advocacia estão cada vez mais incorporando essa tecnologia e revolucionando a forma como desempenham suas atividades.
De atendimento ao cliente, a análise de contratos e automação na gestão de contatos, a IA pode oferecer diversas funcionalidades que não só elevam a eficiência operacional, como reduz tempo de trabalho, mitiga potenciais erros e facilitam o dia a dia de trabalho na advocacia.
Porém, com diversos tipos de inteligência artificial disponíveis, como saber qual é a mais adequada para usar na advocacia? Ou ainda como incorporar essa inovação na rotina de advogados? Quais impactos essa mudança pode gerar na rotina geral desses profissionais?
Considerando as inúmeras questões que esse tema envolve, preparamos esse artigo onde vamos explorar os diferentes tipos de inteligência artificial que existem e suas aplicações no setor jurídico. Também vamos explicar como essa tecnologia pode otimizar processos e melhorar a rotina de trabalho em escritórios de advocacia. Confira!
- Quais são os tipos de inteligência artificial?
- Tipos de inteligência artificial Limita (ANI)
- Tipos de inteligência artificial geral (AGI)
- IA superinteligêntes (ASI)
- Inteligência artificial generativa (IA Gen)
- Tipos de inteligência artificial: Qual usar na advocacia?
- Como usar a inteligência artificial na advocacia
Quais são os tipos de inteligência artificial?
Desde que surgiu pela primeira vez no mercado, a IA, com seus algoritmos avançados, vem avançando continuamente de acordo com sua capacidade de aprendizado. Com isso, essa tecnologia tem se ramificado em diferentes tipos de inteligência artificial, que se classificam em 4 modelos, conforme veremos a seguir.
Tipos de inteligência artificial Limita (ANI)
Esse é um dos tipos de IA que, conforme o nome sugere, tem a capacidade para realizar tarefas e cálculos complexos, mas que já foram predefinidos. Para isso, as ferramentas de IA Limita se baseiam em um grande volume de dados de referência.
Desse modo, a IA Limita aprimora sua inteligência a partir de sua base de dados específicos, não expandindo seu conhecimento e aplicações a novas tarefas. Dentro desse grupo, as tecnologias de IA ainda podem se classificar em 2 subgrupos:
IA reativa
Também conhecida como inteligência artificial reacional, esse é um dos subtipos de IA Limita que funciona com base em parâmetros limitados.
Além de não conseguir armazenar muitas informações, essa IA responde somente a estímulos pré-configurados. Ou seja, a IA reativa não responde a interações ou resultados anteriores, mas somente com base no reconhecimento de padrões já existentes em suas configurações.
Embora haja essa limitação, trata-se de uma tecnologia que oferece desempenho superior ao humano, principalmente devido a sua alta capacidade de processamento.
IA limitada
Esse é um dos subtipos de IA Limita que consegue armazenar um volume de dados maior em relação a IA reativa. Por isso, ela é considerada como uma versão mais “sofisticada” em relação ao subtipo anterior.
Como a IA limitada tem o potencial de usar resultados de suas interações como novos dados de treinamento, essa tecnologia possui uma margem de uso mais abrangente.
Ou seja, além de melhorar experiência digitais gerando respostas adequadas em chatbots de atendimento ao cliente, por exemplo, a inteligência artificial limitada também pode ser aplicada para otimizar tomadas de decisão e a usabilidade em sites e apps.
No entanto, vale destacar que essa tecnologia também possui suas limitações. Isso porque seu padrão de conhecimento só é expandido quanto seus resultados são reintegrados ao bando de dados para treino. Com isso, mesmo conseguindo armazenar um grande volume de dados, o processamento dessas informações ainda é limitado.
Tipos de inteligência artificial geral (AGI)
Também conhecida como “Inteligência Artificial Forte”, a IA Geral é uma tecnologia capaz de realizar atividades de forma semelhante ao ser humano, incorporando em suas respostas elementos como lógica, emoção e aprendizado.
Essa capacidade de resposta da IA geral se deve ao uso de técnicas de machine learning, que melhora seu potencial de compreensão e resposta a estímulos específicos. Por isso, a IA geral pode executar tarefas com nível de complexidade maior, que não são realizadas por IA Limita, por exemplo.
Nesse grupo, existem ainda duas subcategorias onde os tipos de inteligência artificial geral são classificados. São eles:
IA ciente
Esse é um subtipo capaz de compreender estímulos externos e processar as informações levando em conta a experiência de terceiros, gerando respostas que se aproximam bastante da inteligência humana.
IA autoconsciente
Como o próprio nome sugere, IA autoconscientes são um subtipo de IA geral que tem o potencial de reconhecer o mundo e si mesmo. Essas características acabam facilitando a compreensão de estímulos externos por essa tecnologia.
IA superinteligêntes (ASI)
Entre os tipos de inteligência artificial existentes, a superinteligência ainda é considerada uma versão especulativa. Ou seja, trata-se de um tipo de inteligência que ainda está sendo desenvolvida por estudiosos para aplicações no futuro.
O objetivo com o uso desse tipo de IA é que seu nível de interpretação e processamento das informações seja mais abrangente que as versões anteriores e alcance um nível de inteligência superior à inteligência humana.
Por isso, um possível uso de IA superinteligentes ainda é motivo de amplos debates na comunidade cientifica. Afinal, trata-se de uma inovação que pode superar as habilidades humanas e até desafiar sua programação original, trazendo para o mundo uma visão totalmente revolucionária e nunca antes vista.
Inteligência artificial generativa (IA Gen)
Considerada uma tecnologia emergente, a IA generativa consiste em sistemas capazes de aprender e gerar conteúdos originais. Isso inclui desde novos textos, até imagens, vídeos, interações virtuais e códigos de programação, por exemplo.
Ao contrário de outros tipos de inteligência artificial, a IA generativa constrói seu aprendizado a partir da análise de um grande volume de dados existentes e previsões. Com isso, é possível usar essa tecnologia em diferentes aplicações criativas. Desde a criação de um design, até peças jurídicas e roteiros para usar em sua rotina de trabalho.
Apesar de ser uma versão mais robusta, a IA generativa também apresenta pontos de atenção. Um deles consiste na sua incapacidade de filtrar informações preconceituosas ou falsas em sua base de dados de treinamento. Consequentemente, isso pode favorecer a propagação de desigualdades sociais e até Fake News.
Tipos de inteligência artificial: Qual usar na advocacia?
Como vimos, existem diferentes modalidades de IA disponíveis no mercado. Então, como definir qual é a versão ideal para usar no dia a dia de um advogado ou empresa no setor jurídico?
Para chegar a essa resposta, basta considerar as demandas e necessidades especificas da sua rotina de trabalho.
Existem ferramentas de IA cujas funcionalidades oferecidas são capazes de atender a demandas do departamento jurídico, seja operando sozinhas ou integradas a outros sistemas de gestão.
Portanto, além de conhecer os diferentes tipos de inteligência artificial, também é importante alinhar as características e funcionalidades das tecnologias de IA com as necessidades do seu negócio.
Além disso, não esqueça de se certificar de que a solução cumpre com todas as normas de segurança de informação e opera em conformidade com a LGPD. Tomando esses cuidados, você poderá escolher o melhor recurso de IA disponível para otimizar sua rotina de trabalho.
Como usar a inteligência artificial na advocacia
A tecnologia tem o potencial de revolucionar a dinâmica de trabalho em vários segmentos e na advocacia não é diferente.
Quando o assunto é a inteligência artificial, essa tecnologia pode ser incorporada na rotina de advocados e escritórios de advocacia de várias formas, como:
Na revisão de contratos e documentos – Com a IA é possível automatizar a análise de grande volume de contratos, levando mais precisão e economia de tempo a esse processo.
Criação de peças jurídicas – ferramentas de IA facilitam a criação de minutas de contratos e peças jurídicas, sugerindo jurisprudências relevantes e até versões do documento desejado.
Gestão de dados – programas com IA são importantes aliados na organização, categorização e administração de documentos, tornando os dados mais acessíveis, porém seguindo os padrões de compliance e regulamentações vigentes.
Atendimento ao cliente – Recursos de IA melhoram a eficiência no atendimento, tornando o contato mais ágil, preciso e personalizado, otimizando a experiência do cliente.
Não há dúvidas de que os diferentes tipos de inteligência artificial, quando aplicados na advocacia, impactam positivamente a rotina de trabalho, conduzindo o negócio a um crescimento sem precedentes.
Portanto, incorpore essa tecnologia no seu dia a dia operacional e aproveite todos os benefícios que a IA pode oferecer ao seu fluxo de trabalho.